segunda-feira, 10 de novembro de 2008

NETO DE ELOÍNA

NETO DE ELOÍNA

Passei muito tempo da minha vida tomando cachaça na bodega de Mundinho Teixeira, homem bruto e mau humorado, geralmente todo bodegueiro age assim, não sei porque.
Neto de Eloina é garí da Prefeitura da nossa cidade, um cara cheio de tiradas, marmotas, com um senso de humor bastante elevado. Ele comprava fiado na bodega de Mundim, como era mais conhecido Mundinho teixeira.
De tanto farrear e tomar cachaça, teve um mês que Neto não pôde pagar a conta na bodega, passou uns dias sem aparecer nem lá, depois de uns sessenta dias aparece ele denovo na bodega e na maior cara de pau diz:
-Mundim bota uma cana pra mim.
- Seu cabra safado - Diz mundim - Você nem pagou a conta seu corno e ainda quer cana, desta vez você não me engana não, já me enganou.
Neto com cara de cínico responde:
- Mundim... Eu nunca lhe enganei não seu besta, você é quem se enganou comigo!

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TAPA NO DEFUNTO

Neto estava bebendo num bar e chegou o marginal mais temido do bairro.
Escostado no balcão Neto pediu para o cara pagar uma cana, a respota veio em porrada, o cara deu foi um murro nas ventas dele. Ele morrendo de raiva saiu e foi embora, desejando vingança e rogando pragas para o safado morrer.
Por capricho do destino, não é que a praga do danado deu certo. O marginal em poucas semanas foi assassinado por outros marginais.
Neto foi ao velório do sacana, ficou olhando pra ele no caixão e por dentro morrendo de rir, satisfeito em sua praga ter tido efeito. Olhou para um lado e para o outro, notou que estava sozinho na sala com o defunto e não contou conversa, pensou, vou me vingar agora.
Levantou o lenço do rosto do cara morto e deu três tapas na testa dele...
-Dê em mim agora cabra safada, Dê... Dê... Dê! - Resmungava Neto bem baixinho.
ô vingança. Ô homem brabo esse!

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NO FUNDO DO POÇO

Neto chegou ao fim do poço. Alisou. Foi abandonado pela mulher, pelos filhos, não podia mais comprar fiado, ninguém vendia ou dava mais cachaça a ele, entrou em depressão.
Um dia chegou na casa da mãe dele deprimido e foi para o banheiro, demorou muito a sair.
Sua mãe, uma senhora daquelas debochadas, "bruta pra danada", gritou:
-Ô Neto vai sair do banheiro não seu cachorro?
- Neto lá de dentro rspondeu:
- Mãe vô sair não, eu quero é morrer, vou me suicidar e começou a chorar.
Passou uns minutos dona Eloína bate na porta e diz;
-Abre a porta meu filho, abre! Falou suavemente ela.
Neto pensado que ela ia lhe ajudar abriu a porta e Dona Eloína não contou conversa, jogou uma corda pra dentro do banheiro e gritou:
- Tomar essa corda seu caralho e vá se enforcar logo que a gente quer é o banheiro seu cachaçeiro de merda!
Neto saiu se lamentando dizendo:
- Oh Deus! Oh Vida, onde vou arranjar dinheiro pra tomar umas pingas!

A VIÚVA DOIDIVANA

A viúva doidivana
William Pereira da Silva

Estava no velório do Sr Avlis, as pessoas ao redor do caixão teciam comentários sobre o defunto. Ao lado a viúva olhava para seu companheiro de vida de quarenta anos, impassivel, calada, só ouvindo os outros exclamarem algo a respeito do seu ex-marido. Ela era tido como uma pessoa meio amalucada, às vezes explosiva.
Sempre as palavras relacionadas ao morto eram de elogios.
- Avlis era um homem muito íntegro, respeitador - Diziam uns.
- Este homem em vida era um grande trabalhador, honesto, empreendedor - Falavam outros.
A viúva calada só fazia ouvir e nada dizia, calada tava e calada ficava.
Lá para o meio do velório chegaram uns amigo do morto, ficaram em grupo, alguns oravam, outros rezavam, num certo momento um amigo pediu a palavra e rasgou elogios ao Sr Avlis.
- Este meu amigo agora Jazz neste ataúde, foi para a vida eterna, mas aqui neste mundo foi honesto, trabalhador, defensor das causas nobres, bom pai, bom marido...
A viúva se levantou, olhou bem para o discursante e falou em voz alta:
-Você diz isso tudo dele e que foi bom marido é que ele não vivia querendo comer seu cú, seu merda!

sábado, 26 de julho de 2008

O PREGUINHO

Quando adolescente trabalhava numa livraria. Todo final de semana a turma de amigos se reuniam para tomar uma cervejada. Geralmente íamos para o Auto do Louvor, uma zona de baixo meretrício muito conhecida na nossa cidade.
Numa destas farras estavámos todos bebendo quando chegou uma prostituta e me convidou para ir para a cama, era uma morena bem avantajada, o dobro do meu tamanho, um rabão daqueles. Não contei conversa aceitei e fui fazer sexo com a morena.
Quando terminei voltei para a mesa com aquele ar de "muito macho" para demonstrar aos meus amigos que tinha sido bem sucedido na empreitada, mas notei a galera toda rindo com ar de deboche e fiquei encabulado e exclamei:
- O que foi bando de besta, dei conta do recado!
- Foi mesmo preguinho! - Disseram todos de uma só vez.
- Preguinho?? - Perguntei já cismado.
- Sim, preguinho! A negona tem uma xoxota tão grande que seu pinto parece um preguinho dentro dela! - Risos geral
A turma toda combinada foram olhar pelo telhado quando eu fazia sexo com a mulher e viram tudo.
Passei mais de ano com o apelido de preguinho.
E toda vez que me chamavam de preguinho eu respondia:
- "SE PAU GRANDE TIVESSE VALOR, JUMENTO NÃO PUXAVA CARROÇA".

sexta-feira, 25 de julho de 2008

O FUTSAL E A LEI MARIA DA PENHA

No ensino médio as aulas de Educação Física as turmas são mistas, homens e mulheres têm atividades conjuntamente.
Numa destas aulas estavámos jogando futsal, as alunas formavam um time junto com os meninos. Os rapazes mais acostumados a jogar um futsal mais duro, com jogadas violentas, fazia com que as moças ficassem temerosas e pediam cautelas aos rapazes.
Em certo lance um rapaz entrou com firmeza na jogadora e a atingiu com força na perna dela. Com uma raiva danada ela olhou para o jogador que bateu nela e ameçou:
- Olhe seu cabra safado vou denunciar você na lei Maria da Penha, batendo em mulher porra!!!

TITICO MANDIOCA NO ITEP

Titico mandioca é um comerciente de mercearia na cidade de Mossoró no Bairro Bom Jardim. É um baixinho invocado, tenho 1,59 metros de altura, ele é mais baixinho que eu, deve ter uns 1,48 ou 1,50 metros, por aí. Tem de uns cinquenta e cinco anos a sessenta anos de idade. Ele gosta de tomar umas cervejadas de vez em quando, aqui e acolá exagera na dosagem.
Certa vez tomou um pileque e se perdeu, ficando zonzando nas ruas e foi parar na calçada do ITEP, Instituto Medico Legal onde os mortos de crimes e acidentes vão para lá. Ele desorientado desce do carro, senta na calçada e fica sem saber o que fazer. Vai passando um conhecido e ver a cena e pergunta:
- O que foi Titico Mandica? O que faz aqui sentado homí?
- Meu amigo tô perdido, bebim e perdido. Responde titico quase sem pode falar de bêbado.
- Homi vou telefonar pra sua família vir te pegar.
- Faz isso homi de Deus, pra mim! Clama Titico.
Ora o cara sem pestanejar telefona pra casa dele e diz rapidamente sem pensar
- Alô! Aqui é um amigo de Titico Mandioca e estou telefonando pra dizer que ele esta aqui no ITEP.
A menina que atendeu foi logo chorando e começou o alvoroço dentro de casa.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

MÃO

Estava arbitrando um jogo de futsal no interclasse da escola que leciono e tinha um aluno jogando que era deficiente. Sua deficiência consistia dele não ter a mão esquerda e no lugar da mão eram somente uns dedinho saindo do pulso.
Num lance a bola é lançada por um jogador e bate no braço esquerdo dele, imediatamente apito e indico o lance dizendo em voz alta; -MÃO!!!!! Esse cara danado de raiva olhou pra mim furioso levantou o braço mostrando sua deficiência e gritou;
- MÃO PORRRA!!!! QUE MÃO!! QUE MÃO!!!